domingo, 23 de novembro de 2008


Acordo. Alguém grita meu nome.

É o sol, me chamando pra vê-lo brilhar.

O dia está convidativo. As ondas no ponto. A areia brilhando. A brisa suave.

Arrumo minhas coisas, pego a prancha e atendo o pedido solar.

As nuvens o chamam de convencido.

Meio sem graça, ele expressa uma piscadinha.

Ah, não há quem resista.

E as nuvens, romanticas e grudentas como algodão doce, logo se derretem pelo charme do meninão e se aproximam.

Olho pro céu. Tempo fechado.

Pensando eu, ser mais uma ironia da natureza, volto, angustiado. Deixo as coisas pelos cantos e me jogo por inteiro na cama novamente.

Ao ver isso, meu querido Sol enche seus olhos de tristeza.

As nuvens, enciumadas, começam a chorar.

As lágrimas caem violentamente.

E assim surge uma tempestade.




2 comentários:

Caroline disse...

Gostei de imaginar como a natureza pode sim "chorar" por coisas que nós fazemos!! é diferente do aceitar queé assim pq é assim!!

Lindos textos! eles têm SOM, tem sentimento.

Tenha um ótimo ano e escreva sempre!

beijos pra vc Parceiro

Pequena disse...

Passei pra visitar seu blog.
Sodade do cê!
Bjim

Kelinda