Do latim tentatio, significa, dentre outras coisas: "disposição de ânimo para a prática de algo indiferente e censurável - ato ou efeito de tentar".
Somos tentados a fazer determinadas coisas a todo tempo. E vou, justamente, tentar falar sobre a tentação.
Alguém duvida?
Quem nunca colocou o dedo no bolo de aniversário de alguém?
Quem nunca soprou a vela que deveria ser soprada pelo aniversáriante?
Quem nunca estorou uma bexiga, sem ser a hora?
E, percebam, quem já fez uma vez, se sente tentado a fazê-lo novamente em cada aniversário que vai.
Eis o cerne da questão.
Só nos sentimos tentados a fazer algo quando já o fizemos ou quando mentalmente já elaboramos qual seria o efeito potencialmente alçado pela prática de tal ato.
Logo...
Sempre que nos sentimos tentados a fazer alguma coisa que pode nos prejudicar ou prejudicar outra pessoa, automaticamente, optamos pelo efeito que a conduta pode nos trazer (prazer no mais das vezes) ou pelo bem estar alheio ou próprio.
E por que digo isso? Por que resolvi falar sobre isso?
Justamente porque a vida é feita de escolhas. A cada segunda fazemos uma nova. E podemos optar pelo que estamos tentados, mas não aprovamos, ou pelo que, intuitivamente, sabemos que é o certo.
E sempre que optarmos pelo segundo caminho, estaremos mais próximos de nos tornamos pessoas melhores, desprendidas de nossos lixos mentais e dos nossos antigos hábitos, que apenas nos trazem as dores que sentimos hoje.
Quem sabe, não possamos substituir a tentação pelo que nos é prejudicial, pelo tentar ser melhor do que ontem, mais firmes com nossos medos, mais confiantes no futuro, e mais compenetrados no que somos, sentimos e, efetivamente, buscamos ser.
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