domingo, 13 de janeiro de 2008

Crônicas de um mundo sem futuro...

Certo dia um garoto e sua mãe passeavam pela alamedas de uma pequena cidadezinha no interior paulista, o calor era tal que as pessoas de baixa renda economizavam carvão utilizando-se do próprio asfalto para assar a carne do tradicional churrasco de fim de tarde! As crianças não saim mais as ruas, mas dessa vez não era por falta de segurança e sim pela desidatração e pelo perigo de queimaduras solares causadas pela constante temperatura de 52 graus celcius. Não havia mais sorvete, ou gelo... não havia mais tempo, em todos os sentidos! As pessoas andavam irritadas e extremamente cansadas, os supermercados cansavam de faturar com produtos de proteção solar e bolsas termicas que pouco duravam... Os centros comerciais eram tidos como paraísos devido a baixa temperatura conquistada por meio de milhares de aparelhos de ar-condinado espalhados por todos os cantos. A expressão "tomar sol" sumiu do vocabulário popular e viu outra lhe tomar o lugar, a qual era "fugir do sol". Ir a praia tornou-se arriscado, a não ser que quisesse voltar sem sola do pé ou lotado de manchas causadas pelo sol. O que via-se pelas ruas eram milhares de guarda-sois por todos cantos e em todas as mãos. Não mais se saia casa sem ele. Mas e o tal do guarda-chuva? este foi aposentado desde o dia em que a chuva entrou em extinção. Não havia mais discussão sobre cotas nas universidades, todos eram negros, ou quase isso... O mundo não via mais futuro e o futuro não incluia mais o mundo... Triste crônica de um mundo sem futuro, um pouco de crônica com um pouco de futuro...

Um comentário:

Angelo Lira disse...

Brunin!

Você mostra sua preocupação com as questões ambientais do planeta e se preocupa com o futuro. Hoje em dia, creio, que eis um dos modos de se tornar nobre.